
Porém, o que nos instiga a pensar hoje é a questão que consideramos essencial nesse momento: "O que comemorar neste dia?". Ao longo dos anos fomos observando que muita coisa mudou e que os professores até passaram a ter salários um pouco menos humilhantes, algumas condições de trabalhos foram sendo melhoradas, porém, por outro lado, foram sendo retiradas as condições de ensino. O saber passou a ser desvalorizado em nome de números de aprovações. O relativismo cresceu e as crianças não precisaram mais aprender e professores foram obrigados a fornecer quantidade em detrimento da qualidade.
Hoje vemos escolas onde o profissional é desvalorizado, os "direitos" excessivos dos estudantes e a obrigação de seguir a sociedade, ao invés de tratar a sua organização, faz com que a educação se encontre praticamente impraticável e, para finalizar, aquelas "supostas" melhorias, estão sendo retiradas, pois as leis que as criaram trouxeram nos seus textos, como antídotos, a possibilidade de serem desfeitas, mesmo que à época, parecessem conquistas intocáveis.
Hoje temos alguns professores incapacitados, pois foram muito mal-formados, muitos doentes, salários atrasados, profissão desrespeitada pela sociedade e uma escola que não consegue oferecer aos estudantes, em sua maioria, a possibilidade de aprendizagem suficiente para ser um bom profissional.
Enfim, os discursos de "gênios de escrivaninha" superaram os mestres da sala de aula e nós mesmos, os professores, entregamos toda a autonomia que tínhamos e hoje convivemos com uma realidade que só não é mais deprimente porque ainda existem, em uma grande quantidade, pessoas comprometidas que sabem que precisam fazer diferença na vida de nossos aprendizes. Aqueles que sabem que não é sua função classificar, reprovar, mimar... Mas, sim, ensinar.
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