terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

REFLEXÃO Por: Chiquinho Luíz

É nós...

Quando as pessoas resolvem se unir e defender um objetivo comum tem que ter em mente que dificuldades sobrevirão e que será preciso muita perseverança e doação para que o projeto de fato aconteça. Muitas vezes vai-se em frente, mesmo com as dificuldades e pequenas quedas pelo caminho, mas o que importa de verdade é a grande conquista final.
Mas se, em um grupo, pessoas querem apenas usufruir os loiros da vitória, o grupo torna-se capenga e acaba por não atingir os objetivos que todas as pessoas ao redor viam que tinha potencial para alcançar. Infelizmente o discurso e a fanfarronice não edificam grandes construções. É preciso por a mão na massa e erguer tijolo a tijolo. Nesse construir todos são responsáveis por tarefas fundamentais e se algum deixa de exercer sua função o trabalho torna-se improdutivo e em determinado momento da construção o projeto vem a baixo. Reflita a histórinha:
"Uma vez, em uma floresta bem distante, formigas e cigarras se uniram e resolverem promover uma festa para animar o lugar que estava muito monótono e os demais animais não fazia nada para mudar, estava muito bom assim para eles. Então, o grupo foi à luta. Pelo caminho encontraram muita dificuldade, mas estavam determinados a atingir seus objetivos, pelo menos era o que parecia ser. No entanto, observando o grupo podia-se notar a presença de formiguinhas que trabalhavam incansáveis e de cigarras que cantavam, enfeitavam e planejavam. As cigarras vibravam imaginando os resultados que teriam, incentivavam as formigas e diziam estar sempre dispostas a ajudar, resolviam os problemas maiores e sempre estavam à frente do projeto. Enquanto as formigas trabalhavam.
Veio então o grande dia! A festa foi perfeita, nada faltou. Tudo ocorreu como o grupo se propôs a fazer. No dia as formigas continuaram correndo, agora como baratas tontas, e as cigarras foram para a frente do palco. Elas cantavam, iam pra lá e pra cá, sorriam, estavam felizes, mas, as formigas trabalhavam!
Passou a festa. Não se falava de outra coisa na floresta. Todo mundo feliz porque tinha realmente dado certo. Agora já planejavam futuras festas. As formigas sentiam-se recompensadas e as cigarras não cabiam em si de alegria. Mas, era chegada a hora de limpar o local da festa, acertar as últimas pontinhas que ficaram a serem aparadas na organização, sempre ficam. Porém, eram coisas pequenas.
Enquanto as formigas corriam pra cá e pra lá para dar conta, as cigarras foram se recolhendo a suas casas, dizendo que estavam cansadas e depois voltariam para ajudar a concluir as pequenas sobras. Mas, não voltaram... As pequenas falhas não foram concertadas. As formigas ficaram esperando as cigarras, que começaram a escapulir e... O que foi deixado para trás começou crescer, crescer, crescer...
Resultado: as cigarras mostraram que só sabem cantar, e como cantam as cigarras. As formigas, coitadas, trabalham, trabalham, mas são só formigas. E parecem estar satisfeitas com esse papel. Dias depois o grupo se desmanchou, perdeu a confiança, não foi capaz de fazer mais nada e mostrou que, quando todos de um grupo não tem o mesmo empenho na realização de um projeto o fracasso atinge cada um... Mas as cigarras? Bem, as cigarras ainda cantam!"
Que essa história nos sirva de lições e, se formos formigas, que nos associemos a formigas e não a cigarras para realizar nossos projetos.

Um comentário:

  1. Belíssima reflexão Chiquinho... não deixei de relacionar a fábula a fatos da nossa vida. Concordo contigo! Temos que virar este jogo.

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