Plano oferece licenciatura para docentes sem
diploma de nível superior
De acordo com o Censo Escolar, o Brasil tem 458.807 professores sem diploma de
ensino superior
Apenas 19.916 professores das redes públicas da educação básica se inscreveram
para as 39.576 vagas oferecidas neste ano pelo Plano Nacional de Formação de
Professores da Educação Básica (Parfor). O programa do Ministério da Educação
(MEC) oferece licenciatura gratuita para docentes que não têm diploma de nível
superior, além de segunda formação para aqueles que possuem graduação diferente
da área em que atuam.
De acordo com o último Censo Escolar, o Brasil tem
458.807 professores sem diploma de ensino superior – 21,9% de um total de
2.095.013 docentes em atividade. Desses, cerca de 2.000 não terminaram sequer o
ensino fundamental.
Os cursos do Parfor são oferecidos em universidades
privadas e públicas de 24 Estados e financiados pela Coordenação de Aperfeiçoamento
de Pessoal de Nível Superior (Capes), autarquia do MEC. O órgão diz que a
procura relativamente baixa pelo programa pode ser decorrência de os docentes
não terem obtido autorização das redes de ensino locais para fazer o curso.
Como são autônomas, as secretarias municipais e estaduais podem ou não liberar
seus professores.
Para ocupar as vagas da primeira licenciatura, os
educadores precisam estar trabalhando em uma rede pública estadual, municipal
ou do Distrito Federal e não ter curso de licenciatura. Nesta modalidade, o
sistema recebeu 13.674 pré-inscrições. A maioria (5.093) pretende fazer o curso
de pedagogia. O restante está interessado em cursar a segunda licenciatura ou
cursos de formação continuada.
De acordo com a Capes, atualmente há 70.220
docentes frequentando cursos em 422 municípios. Além do Parfor, os professores
sem diploma também podem fazer cursos a distância pela Universidade Aberta do
Brasil (UAB), onde atualmente 246.502 alunos estão matriculados, sendo
aproximadamente 50% em cursos de licenciaturas. Somados, os dois programas
atendem cerca de 193.000 docentes que ainda não têm diploma — menos da metade
da demanda atual.
Fonte: Revista Veja, 07/02/2014
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