Falou e foi demitido. Cid Gomes fora da Educação |
Em nota, o Palácio do Planalto afirmou que "o
ministro da Educação, Cid Gomes, entregou nesta quarta-feira, 18 de março, seu
pedido de demissão à presidenta Dilma Rousseff". A nota diz ainda que a
presidente Dilma "agradeceu a dedicação dele à frente da pasta".
Cid Gomes havia participado de tumultuada sessão
para esclarecer declaração em que havia afirmado que havia "300 ou 400
achacadores" no Congresso.
A sessão virou um bate-boca generalizado e o
ministro foi chamado de palhaço.
Polêmica
Pouco antes, Gomes havia dito que parlamentares da
base do governo que não votam de acordo com a orientação do Planalto devem
"largar o osso" e ir para a oposição.
Gomes inicialmente chegou a tentar contemporizar,
dizendo que sempre teve "profundo respeito pelo Legislativo". A
consideração, porém, não quer dizer que "concorde com a postura de alguns,
de vários, de muitos, que mesmo estando no governo, os seus partidos
participando do governo, têm uma postura de oportunismo".
O ministro argumentou que a declaração de que
haveria no Congresso "300 ou 400 achacadores" que se aproveitam da
fragilidade do governo não foi sua "opinião pública", mas uma fala
"pessoal" a um grupo de estudantes de três universidades paraenses
dentro da sala do reitor da Universidade Federal do Pará, depois de ser
questionado sobre a falta de recursos para a pasta.
"Se alguém teve acesso a uma gravação não
autorizada que não reflete a minha opinião pública que me perdoe. Eu não tenho
mais idade. Eu não tenho direito de negar a tantos quanto nesses 20 anos de
vida pública. Eu não tenho como negar aquilo que pessoalmente, de maneira
reservada, falei no gabinete do reitor", disse. O ministro argumentou que
o comentário não foi feito em local público e "não é motivo de
proselitismo".
Cid Gomes lembrou que, durante sua trajetória como
prefeito e governador sempre teve uma relação pessoal com o parlamento é
"respeitosa, construtiva, de quem compreende o papel do legislativo"
na gestão e no controle do Estado e do País.
A declaração que gerou polêmica foi: "Tem lá
[no Congresso] uns 400 deputados, 300 deputados que, quanto pior, melhor para
eles. Eles querem é que o governo esteja frágil porque é a forma de eles
achacarem mais, tomarem mais, tirarem mais dele, aprovarem as emendas
impositivas".
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