Está na pauta da Comissão de Educação, Cultura e
Esporte (CE) projeto do senador Cristovam Buarque (PDT-DF) que determina a
realização de plebiscito de âmbito nacional para consultar o eleitorado brasileiro
a respeito da transferência para a União da responsabilidade pela educação
básica. Atualmente, cabe, em sua maior parte, aos estados e municípios, custear
a educação infantil e os ensinos fundamental e médio.
De acordo com o Projeto de Decreto Legislativo
(PDS) 460/2013,
a consulta deverá ser realizada simultaneamente com o primeiro turno das
eleições deste ano, em 5 de outubro.
O cidadão deverá responder, com sim ou não, à
seguinte questão: “O financiamento da educação básica pública e gratuita deve
passar a ser da responsabilidade do governo federal?”.
Caso o projeto seja aprovado, o Congresso
comunicará ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que expedirá as instruções
para a realização do plebiscito. Além disso, será assegurado tempo de TV e
rádio para que partidos políticos e frentes suprapartidárias organizadas pela
sociedade civil façam suas campanhas a favor ou contra a transferência.
Segundo o relator da proposta na CE, senador
Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), estados e municípios são responsáveis por cerca
de 80% dos recursos destinados à educação, enquanto a União, que detém para si
mais da metade do bolo da arrecadação de tributos, participa com apenas 20%.
Como consequência, há disparidades na
infraestrutura escolar pelo país afora, incapacidade de diversos governos
estaduais e prefeituras para honrar o piso salarial dos professores; lacunas na
oferta de vagas em creches; e inexistência de um padrão nacional mínimo de
qualidade; entre outros problemas, observa Randolfe.
Favorável ao texto, o senador explica em seu
relatório que federalizar não significa centralizar a gerência da educação
básica nas mãos do governo federal, mas sim garantir a responsabilidade da
União pelo seu financiamento.
A matéria, apresentada em dezembro de 2013, deveria
passar somente pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), onde
era relatada pelo senador Pedro Taques (PDT-MT), mas por força de requerimento
passará antes pela CE e pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE).
Agência Senado
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