O Palácio do Planalto criou uma situação humilhante
para o ex-deputado Henrique Eduardo Alves: o político é dado como certo no
Ministério do Turismo, mas a nomeação não sai.
A nomeação do potiguar esbarra numa briga entre
lideranças do PMDB.
Para nomear Henrique, aliado de Eduardo Cunha,
presidente da Câmara, Dilma Rousseff terá de desalojar Vinicius Lages, afilhado
político de Renan Calheiros, presidente do Senado.
A impressão que a gente tem é que Dilma não está
nem aí para Henrique, porque o interesse dela reside apenas em não desagradar
os caciques do PMDB.
Na cúpula do PMDB, Henrique vem sendo tratado como
"peso morto" sob a responsabilidade de Eduardo Cunha, que não quer
ficar em dívida com o Planalto.
Se Eduardo Cunha não quer assumir a indicação de Henrique
e Renan não abre mão do Turismo, Dilma cruza os braços à espera de uma resposta
mais clara da cúpula do PMDB.
Enquanto isso, Henrique Eduardo Alves aguarda
ansioso. O Globo informa nesta terça-feira (31) que o
ex-deputado estão tão certo da nomeação que procura um imóvel para alugar em
Brasília.
Isso é humilhante. Henrique ainda tem que suportar
notinhas na grande imprensa sobre os auxiliares que pendurou no gabinete de
Eduardo Cunha.
Um dos jornais chegou a noticiar que Henrique pediu
para Cunha acomodar 44 pessoas. Foi atendido apenas com 6 cargos.
Na Carta Capital desta semana, o jornalista Maurício Dias
informa que Eduardo Cunha faz um esforço enorme para nomear Henrique em algum
ministério, juntando 'solidariedade e necessidade'.
A 'necessidade' se explica porque Cunha espera que
Henrique leve junto os funcionários que deixou no gabinete da presidência
(Câmara). Segundo Maurício, Cunha não conseguiu encaixar a própria equipe.
Coitado!
Esse tipo de notícia é humilhante para o
ex-deputado Henrique Alves, abandonado por Lula na campanha eleitoral e fritado
por Dilma antes de ser nomeado ministro.
O deputado Leonardo Picciani, líder do PMDB na
Câmara, chega a dizer que Henrique é um 'cadáver insepulto'.
Ele deu a seguinte declaração ao jornal O Globo:
— Precisa ter uma decisão rápida. Era uma coisa
anunciada, que o pedido de investigação sendo arquivado pelo Ministério
Público, ele (Henrique) seria nomeado. É preciso que isso ocorra ou que se
sepulte esse assunto. O que não dá para ficar é um cadáver insepulto — disse
Picciani.
É ou não é humilhante? Cadáver insepulto é o
cacete! - diria Henrique.
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