Todo mundo sabe que o senador potiguar José Agripino Maia, presidente nacional do Democratas, é um dos maiores críticos do governo federal na questão de novos financiamentos para a saúde pública no Brasil e foi um dos grandes responsáveis pelo fim (em 2008) da CPMF - a contribuição que destinava recursos para o setor.
Todo mundo sabe, também, que a governadora Rosalba Ciarlini, do Rio Grande do Norte, não é apenas conterrânea ilustre do senador mas principalmente a sua maior (e única) correligionária de importância.
O que nem todo mundo sabia é que a governadora e o senador têm ideias diferentes, projetos distintos, pensamentos que não seguem a mesma linha e o mesmo raciocínio do partido - DEM - a que ambos pertencem.
Hoje, por exemplo, segundo reportagem da Folha de S.Paulo assinada por Ana Flor, que pode ser lida na íntegra se você clicar aqui e for assinante do jornal ou do portal Uol, chega a informação de que os governadores vão lançar nesta semana uma carta pedindo "maior aporte de recursos" para a saúde no Brasil em apoio ao pleito que já foi feito pela presidente Dilma Rousseff ao Congresso Nacional.
"Na prática", escreve a repórter, "eles decidiram encampar o discurso do governo sobre a necessidade de um novo imposto, nos moldes da extinta CPMF, ou aumentar a taxação de produtos como cigarros e bebidas para custear a saúde."
A carta já foi assinada por 12 governadores e outros sete se comprometeram a assiná-la nas próximas horas.
E entre os governadores signatários da carta está a do Rio Grande do Norte, Rosalba Ciarlini, a única eleita no ano passado pelo Democratas presidido e comandado pelo senador José Agripino Maia.
Como fica, então, o discurso de Agripino diante do posicionamento favorável de Rosalba a um novo imposto para a saúde que ele tanto critica e contra o qual tanto trabalha?
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