No ano passado, 271 pessoas deixaram de ser
“oprimidas pelas trevas da dúvida” em São Paulo. Neste ano, são 174 os
católicos que aguardam na fila do Tribunal Eclesiástico da cidade para anular
seu matrimônio. O termo foi usado na terça-feira pelo papa Francisco para
referir-se à espera dos fiéis que tentam provar, por meio da Justiça Canônica,
que seus casamentos nunca existiram. Assim como a Justiça comum, a divina
também é morosa: a sentença pode demorar anos.
Para diminuir o tempo de espera, o pontífice
anunciou a maior reforma em mais de dois séculos nos procedimentos de anulação
do casamento na Igreja Católica. Agora, alguns casos poderão ser encerrados em
até 45 dias. Ele também pediu que sejam cobrados só gastos indispensáveis. Em
São Paulo, o processo pode custar até dez salários mínimos, ou R$ 7.880.
O arcebispo de São Paulo, Dom Odilo Scherer, aposta
que a demanda no Brasil aumentará. “Mais pessoas vão nos procurar. Teremos mais
trabalho”, diz. A mudança, segundo ele disse à Folha de São Paulo, provocará a
“redução da angústia das pessoas” e “a paz do coração”.
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