O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha
(PMDB-RJ) considera que o governo terá que acabar com excessos de despesas em
outras áreas antes de pensar em reduzir as políticas sociais. Mas, segundo o
parlamentar, os recursos para estas medidas terão que ser dosados. “Você só faz
política social na medida em que você tem sobra orçamentária que te permita
isto. Não é acabar com as políticas sociais que é uma coisa extremamente
relevante”, disse.
Nesta terça-feira, ele foi questionado sobre a
expressão “remédio amargo” para recuperar a economia, usada por Dilma Rousseff
no pronunciamento de 7 de setembro. Para o presidente da Câmara, o aumento de
algumas contribuições, como a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico,
também pode ser uma solução equivocada para elevar a arrecadação. Cunha avalia
que isso pode acabar estimulando a alta da inflação.
Cunha destacou que o governo terá três caminhos
para solucionar a previsão negativa para o próximo ano. “Ou o deficit vai
aumentar a dívida bruta, ou você vai cortar gastos ou vai ter que aumentar a
receita. Para aumentar receita pode ser pela melhoria da economia ou pelo
aumento de alíquotas ou criação de tributos. Como aumento de alíquotas e
criação de tributos são situações que a sociedade nem empresários estão a fim,
acho que vai ter que partir para um remédio amargo que é cortar gastos”,
avaliou.
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