sexta-feira, 6 de junho de 2014

O QUE PODERIA ACONTECER SE ROBINSON ASSUMISSE O GOVERNO HOJE?


Se vier a assumir com a renúncia de Rosalba, o vice-governador Robinson Faria teria chance de reverter a posição de desvantagem na contabilidade eleitoral. Atualmente, contando apenas com a minúscula estrutura da Vice Governadoria, Robinson enfrenta o deputado federal Henrique Alves, detentor de mega estrutura da Câmara dos Deputados.

O poder de articulação e convencimento do presidente da Câmara é infinitamente maior que o da Vice Governadoria – a começar pelo orçamento e a terminar pela influência política. Entretanto, caso assuma o governo do Estado, Robinson ganharia em poder de convencimento, haja vista a possibilidade de acomodar aliados. Assim, o vice-governador poderia trabalhar o apoio de várias lideranças, inclusive, o que poderia, em última análise, modificar a formatação das chapas já montadas.

Outra mudança de cenário advinda com eventual posse de Robinson no governo do Estado seria o fato de que Robinson, como governador, seria candidato não mais ao primeiro mandato, mas à reeleição, uma vez que iria para as urnas em outubro no exercício do mandato. Assim, seu poder de barganha na montagem da chapa seria infinitamente maior, tendo em vista que ele poderia negociar o seu vice com partidos como o próprio PMDB, que poderia indicar o deputado estadual Walter Alves como vice, com o compromisso de ser o candidato a governador nas eleições de 2018.

A eventual posse de Robinson como governador do Rio Grande do Norte poderia ainda mudar o quadro de candidaturas majoritárias pré-estabelecido. Com Robinson fortalecido, Henrique Alves poderia rever a condição de candidato a governador. A atual candidata ao Senado, Wilma de Faria, poderia desistir de ser candidata ao Senado para disputar o governo contra Robinson com o apoio do PMDB. Wilma também poderia desistiria da parceria com Henrique para se aliar a Robinson, disputando, ao lado do governador, o mandato no Senado, criando uma nova correlação de forças políticas no Estado.

Em suma, tudo é possível com a renúncia de Rosalba. Tal posição teria o condão de modificar o quadro eleitoral, inclusive, prejudicando o projeto de candidaturas proporcionais do DEM, que teria dificuldade em fechar uma aliança favorável à reeleição dos atuais deputados estaduais e federal do partido.


jornaldehoje.com.br

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