Os funcionários da empresa Safe, contratada pelo Governo do Estado, de forma terceirizada, para atuar nos cinco hospitais da rede estadual em Natal - Maria Alice Fernandes, Santa Catarina, Walfredo Gurgel, Giselda Trigueiro, João Machado - e no Hemonorte estão em greve desde o início da manhã. A paralisação acontece, por tempo indeterminado, até que os salários de setembro dos trabalhadores sejam pago. Nas seis unidades, a Safe mantém 829 contratados.
O pessoal da Safe atua nas áreas de nutrição, higienização e lavanderia. No Hospital Maria Alice, o setor mais crítico é o da nutrição, que está funcionando com seis pessoas a menos. Em dias normais, a nutrição funciona com quatro servidores estaduais - sendo dois nutricionistas e dois técnicos de nutrição, e mais 10 técnicos de nutrição contratados pela Safe. Hoje, apenas quatro contratados da Safe estavam trabalhando - 40% do total.
Isso levou o hospital a suspender 12 cirurgias eletivas marcadas para o dia de hoje e a reduzir o horário de expediente do setor administrativo. Até que a greve termine o setor fica funcionando, em horário corrido, das 7h às 13h. Nos hospitais Walfredo Gurgel, Giselda Trigueiro e Santa Catarina, a paralisação também atinge 70% dos empregados da Safe, mas o número de servidores estaduais nessas unidades é maior, o que ameniza o desfalque de pessoal e permite dar cobertura aos setores.
A Safe reclama atraso nos repasses de julho, agosto e setembro. Além disso, a empresa não recebeu repasses referentes a novembro e dezembro de 2010. Em entrevista à TRIBUNA DO NORTE, o secretário de Saúde Pública, Domício Arruda explicou que o atraso no pagamento à Safe deve-se à demora na finalização do processo de renovação contratual. "Na verdade houve um atraso no pagamento, porque a renovação não foi concluída. Está pendente na Controladoria Geral do Estado", afirmou Arruda.
O contrato com a Safe é o primeiro a ser renovado depois da Operação Hígia - uma das investigações de maior repercussão no Rio Grande do Norte. A hígia investiga um esquema fraudulento que, de acordo com a Polícia Federal, desviava R$ 2,4 milhões por mês da Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap), por meio de contratos de prestação de serviços superfaturados.
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