domingo, 22 de fevereiro de 2015

MÉDICA ALERTA PARA MOTIVO DE LICENÇAS MÉDICAS: AS CONDIÇÕES DE TRABALHO

Em novembro do ano passado, a Procuradoria Geral do Estado divulgou que o número de licenças médicas concedidas causava um prejuízo de R$ 30 milhões a R$ 40 milhões por ano ao Governo. Somente a educação possuía 1014 professores afastados por licença médica ou pessoal. A então secretária estadual de educação, Betânia Ramalho, acusava um “descontrole” na concessão de licenças.
A Junta Médica do Estado é hoje vinculada ao Instituto da Previdência do Estado (IPERN), e conta com 12 médicos na capital, além de outros seis no interior. Os funcionários são encaminhados a partir de 15 dias de atestado acumulado em dois meses. Em média 500 atendimentos são feitos pela junta por mês por pedidos de licença médica, gestante ou para acompanhamento de parentes.
No Estado, o servidor é encaminhado para a junta a partir de 15 dias. As licenças, dependendo do caso, pode chegar a dois anos. Em média, entretanto, variam de 30 a 60 dias. Somente em dezembro de 2014, mais de 80% dos pedidos de afastamento foram feitos por profissionais da saúde e da educação.
“Tem gente que se aproveita da situação, mas o ataque não é o número de licenças que são emitidas pela Junta ou o número de dias solicitado pelo médico de assistente, mas as condições de trabalho dos servidores”, defende a presidente da Junta Médica estadual, Cláudia Ramos Ribeiro. “Se querem que na hora do atendimento aqui a gente fique pensando que o Estado teve um prejuízo gigante porque eu estou concedendo uma licença?”, ironizou. “Para o prejuízo eles têm que ver a causa, e não é a junta médica, mas uma cadeia de problemas. É preciso ver a prevenção, o que pode ser feito para evitar o adoecimento.” Hoje, o Estado não possui um serviço de acompanhamento médico dos servidores ou programas para prevenção de adoecimento. 

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