Tenho utilizado este espaço para expor diversas situações que precisam ser melhoradas nos diversos setores do serviço público em nosso município. A saúde, por ser um setor que tem efeitos imediatos, tem sido muitas vezes criticada e a própria Secretária já utilizou o espaço para expor a situação e as dificuldades encontradas.
Continuamos com problemas no atendimento (não é privilégio nosso), temos uma ambulância (apenas uma) que não oferece condições de transportes adequado para os pacientes e inúmeros problemas que necessitam de soluções com urgência. E hoje estou utilizando, mais uma vez, o espaço para narrar outro episódio vivido por mim ao necessitar desta assistência.
Na última segunda-feira (22), meu pai teve um problema de saúde e eu busquei por celular a ajuda no Posto de Saúde. Atendido pela própria Secretária de Saúde, Sra. Carina Leite, a mesma me informou que a ambulância havia se deslocado a Natal e que não dispunha de veículo para o socorro. No entanto, veio neste momento o fato que quero narrar ao nosso leitor.
Na iminência da morte de meu pai liguei inúmeras vezes para a unidade hospitalar, sendo atendido em todas as vezes pela Secretária que, sabendo que havia ao meu alcance um veículo de um amigo, mobilizou-se no Posto e informou que havia um médico, uma enfermeira e que estavam no aguardo da chegada do paciente para o atendimento. Ao mesmo tempo que manteve a segurança e deixou claro que se chegasse ao hospital o meu pai teria feito o que estivesse ao alcance de sua equipe para salvar-lhe a vida.
Não é meu objetivo denegrir a imagem de ninguém, nem tampouco, exaltar à toa. Continuo acreditando que as condições da ambulância devem ser melhoradas, que o atendimento aos pacientes deve ser corrigido, quantitativamente e qualitativamente, e muitos problemas devem ser resolvidos. Todos de conhecimento geral. Porém, quero deixar aqui um recado à Sra. Secretária: diante de tantos problemas quase indissolúveis, é desse tipo de atendimento pessoal que a nossa população precisa. As pessoas precisam sentir segurança do outro lado do telefone ou ao serem atendidas no hospital, acreditarem que tem uma pessoa do outro lado que, impossibilitada de chegar ao local do ocorrido, busque as informações dê orientações, compreenda o desespero diante da dor e prepare sua equipe para receber. Depois de criticar e reafirmando que as críticas ainda virão, entendo que este é um momento de parabenizar-lhe.
Quando percebi meu pai fora de perigo e, vi o carro que presta serviço à saúde parado diante de minha casa senti que em algum lugar havia alguém preocupado com o meu problema e isso me deu uma segurança que, espero, não seja apenas para um professor-blogueiro, mas para cada cidadão desta cidade.