Governo do Estado realizará uma quarta
convocação dos aprovados no concurso para professor realizado em 2011. Isso
porque, segundo a secretária de Educação e da Cultura, Betânia Ramalho, nas
outras três oportunidades mais de 900 concursados não assumiram as vagas, por
motivos diversos. Na ocasião do certame, foram abertas 600 para pedagogos e
2.900 para professores. Até agora, o governo já convocou 3.123 aprovados.
Betânia Ramalho confirmou que o déficit atual de
professores nas escolas estaduais do Rio Grande do Norte é de 1.000
profissionais. De acordo com a secretária, a convocação vai acontecer
independente de o Governo precisar arcar com os custos das quatro horas extras
dos professores que atualmente pertencem ao quadro. Ela não chegou a precisar o
quantitativo. Mas a previsão é de convocação de, pelo menos, 400 pessoas.
Depois da decisão do desembargador Cláudio Santos,
do Tribunal de Justiça do RN (TJRN), o Executivo estadual terá que pagar quatro
horas adicionais, por semana, a cada professor da rede pública de ensino.
Ontem Betânia Ramalho levou à Assembleia
Legislativa um projeto de lei que solicita a contratação imediata de
professores temporários. A justificativa do Governo do Estado é o grande número
de profissionais que estão fora das salas de aula - 892 professores -,
afastados entre os meses de janeiro e março deste ano. Segundo a secretária,
entre as principais razões das ausências estão licenças maternidade e
tratamentos médicos.
O deputado Ricardo Motta (PMN) convocou reunião de
líderes para hoje, para decidirem sobre a tramitação da matéria. A secretária
de Educação revelou que cerca de 25% dos professores do Estado estão afastados
das escolas. De janeiro a março, foram 892
pedidos de licença. Caso esse problema não seja resolvido, esse número pode
chegar a 3 mil até o final de 2013, tendo em vista que esses servidores podem
ficar afastados até dois anos, afirmou.
Sobre a decisão do desembargador, a titular da Seec
confirmou que a Procuradoria Geral do Estado ainda vai analisar o processo
antes da pasta tomar qualquer posicionamento. Ainda
cabe recurso. Vamos ver o que será feito,
explicou Ramalho. A lei definiu, entre outros termos, que o docente deve
cumprir dois terços da carga horária em sala de aula e um terço em atividade
extraclasse, como corrigir provas e elaborar planejamento. Desta forma, das 30
horas trabalhadas pelos professores, 10 deveriam ser destinadas a esses fins.
No entanto, o que ocorre é que são 24 horas de sala de aula e seis para as
demais atividades.
Betânia Ramalho afirmou que há duas opções para
resolver o problema. Uma delas seria o pagamento das quatro horas a mais,
totalizando as 10 determinadas. A outra forma seria a contratação de mais
profissionais para suprir o desfalque que a mudança causaria nas escolas com
relação ao número de professores. Já
calculamos que seria necessária a contratação de mais 1.800 profissionais, revelou a secretária.
No entanto, a Secretaria ainda não se posicionou
quanto à decisão que será tomada. Estamos de
acordo com a necessidade que têm os professores de uma maior quantidade de
horas extraclasse e sabemos que isso é benéfico, mas precisamos analisar o
impacto que isso vai causar, pontuou.
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