Monsenhor Expedito Sobral de Medeiros nasceu
em São Rafael no dia 13 de dezembro de 1916 e faleceu no dia 16 de
janeiro de 2000. Foi um sacerdote católico da Arquidiocese
de Natal. Devido ao seu trabalho social foi chamado pelo povo de "Monsenhor
das Águas" - ou "Profeta das Águas".
O alvo de sua luta ia além das fronteiras do Estado,
propugnava pela utilização do excedente hídrico do Rio São Francisco. Mas
a luta pela água é apenas um capítulo, o último e inacabado de toda
uma existência sacerdotal a serviço do espiritual.
Sua luta pelo acesso democrático aos recursos
hídricos começou na década de 50, mais precisamente após um episódio ocorrido
em 1953, quando, acompanhado de outros padres, ele ouviu de um trabalhador
a frase "monsenhor, tira nós dessa escravidão", durante uma
visita a uma comunidade rural. A partir de então, passou a se empenhar pela
elaboração de projetos definitivos para o problema das águas.
Mas os frutos só foram colhidos quatro décadas
depois, com a implementação do programa estadual de adutoras, durante o governo
do amigo de infância, Sr. Garibaldi Alves Filho. Conseguiu que este
assinasse em 1° de julho de 1996 a lei que criou o Programa de
Recursos Hídricos. Projeto de solução simples, definitiva, e pioneira,
exportado para a Paraíba, Pernambuco, Ceará, Sergipe e Alagoas,
que propunha a transposição das águas de rios e represas para a distribuição à
população das áreas carentes. Foi sua última grande obra no campo social,
obtida utilizando a força moral da Igreja. Uma das três adutoras
recebeu seu nome, e leva água potável a 23 cidades ou povoados.
D. Eugênio de Araújo Sales foi quem celebrou a
Missa de Exéquias. Na ocasião de seu sepultamento, em sua paróquia do
interior potiguar, estavam o seu Arcebispo e mais três Bispos,
além de quase todos os sacerdotes da Arquidiocese de Natal. Falecimento e
enterro foram amplamente divulgados pela imprensa local.
Termina o testamento, datado de 12 de setembro de
1997, com o seguinte:
"A quem
me substituir, continue presente junto aos pobres e, pelo amor de Deus, não os
humilhe. Considero uma grande graça que Deus me concedeu: ser servidor do Povo
de Deus. Peço a Maria Santíssima, a "Compadecida", que se compadeça
de mim e esteja a meu lado, no Julgamento. Amém."
Informações WIKIPÉDIA
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