quinta-feira, 30 de maio de 2013

A CORAGEM DE ROSALBA E O MEDO DE DILMA


A otimista
Saiu no Nominuto

A presidente Dilma Rousseff (PT) surfa na popularidade de mais de 70%, mas trabalha intensamente para fechar uma aliança partidária que lhe garanta novo mandato ainda no primeiro turno da eleição do próximo ano. Ela anda com medo dos rumos da economia - o Pibinho é a sensação do momento.

Antes que a economia desande de uma vez por todas, Dilma quer juntar PT, PMDB, PR, PP, PDT, PTB, PSD e PCdoB num só balaio. E ainda aguarda a desistência do Eduardo Campos, presidenciável do PSB.

Líder em todas as pesquisas eleitorais, Dilma segue como a grande favorita para 2014. Mas ela continua com medo.

Em situação inversa, a governadora Rosalba Ciarlini (DEM) amarga uma impopularidade que passa dos 70%, mas sonha com novo mandato sem contar com o apoio firme de nenhum partido. Nem do DEM. Para não dizer que ela não conta com apoio de nenhum partido, lembrei do PSDB que tem Rogério Marinho na Secretaria de Desenvolvimento Econômico. Mas o apoio dos tucanos é acanhado.

À boca miúda, nenhum dos partidos da chamada base do governo aposta uma pataca na candidatura de reeleição de Rosalba. Diferentemente de Dilma, a governadora potiguar é derrotada nas pesquisas de opinião por todos os nomes ventilados na corrida sucessória estadual. Ela está no rabo da gata, como se diz no popular. Há quem diga que Rosalba não vai disputar o segundo mandato.

Mas Rosalba continua otimista. Ela acredita que pode criar as condições políticas para vencer o pleito. Rosalba acredita que pode juntar os cacos no DEM, segurar o PMDB e o PR, contentar o PSDB e atrair outras pequenas legendas para viabilizar a reeleição. 

De onde Rosalba tira tanta coragem? De onde ela tira tanto otimismo?

Alguns dizem que o otimismo de Rosalba reside em duas frentes de ação: as obras que serão viabilizadas com o empréstimo do Banco Mundial e os efeitos positivos da realização da Copa da Fifa em Natal. Para setores do governo, os dois eventos vão mudar o astral no Estado, criando a sensação de desenvolvimento econômico e social. Será? É o que se escuta nas imediações do poder.

Enquanto Dilma segue com medo, Rosalba mantém a confiança. São os dois lados da moeda política no mercado da reeleição.

Rosalba tem se aproximado de Dilma de olho nas verbas do governo federal. Isso pode lhe render muitos votos no próximo ano.

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