O Governo do Estado publicou uma nota de
esclarecimento sobre o decreto de prisão dos secretários de Administração e
Planejamento, Antônio Alber da Nóbrega e Francisco Obery Rodrigues Júnior,
respectivamente. No texto, o governo defende a honestidade dos secretários e
afirma que o cumprimento da Lei que cria o Plano de Cargos, Carreiras e
Remunerações não atende os critérios da Lei de Responsabilidade Fiscal e não
condiz com a realidade financeira do estado.
Confira na íntegra:
NOTA DE ESCLARECIMENTO
O Governo do Estado do Rio Grande do Norte vem a
público declarar sua surpresa diante da decisão do Desembargador Virgílio
Macedo Júnior que decretou hoje a prisão dos Secretários de Estado da
Administração e do Planejamento, por alegado descumprimento de decisão
judicial.
A honradez, a lisura, a honestidade e a idoneidade
de Francisco Obery Rodrigues Júnior e de Antônio Alber da Nóbrega são
inquestionáveis. Os dois secretários têm longa experiência profissional, tendo
ocupado diversos cargos na administração pública e na iniciativa privada,
sempre desempenhando suas atividades com zelo e probidade.
Como é de conhecimento de toda a sociedade
potiguar, o plano de cargos, carreiras e salários (Lei Complementar 432/2010)
aprovado às vésperas das eleições de 2010, objeto da referida decisão judicial,
não atende aos critérios da Lei de Responsabilidade Fiscal e não condiz com a
realidade financeira do estado.
A própria Lei utilizada para embasar a decisão do
Desembargador, no seu artigo 38, condiciona sua validade ao cumprimento da Lei
de Responsabilidade Fiscal quando estabelece: "A implementação desta Lei
Complementar fica condicionada à observância dos requisitos do art. 169,
parágrafo primeiro, da Constituição Federal, das normas limitadoras da despesa
pública com pessoal do Poder Executivo previstas na Lei Complementar Federal
101, de 04 de maio de 2000, bem como da Lei Federal 9.504, de 30 de setembro de
1997." Isto é, a Lei de Responsabilidade Fiscal e a Lei Eleitoral,
respectivamente.
Todas as decisões judiciais que determinaram a
implementação dos planos foram recorridas e aguardam decisão definitiva da
Justiça.
O Governo do Estado reitera que nenhum dos dois
auxiliares citados pelo Desembargador são acusados de crime contra o patrimônio
público. Os dois Secretários, ao aguardarem o desfecho dos recursos judiciais,
estão defendendo o equilíbrio das finanças públicas e também agindo em defesa
do Estado do Rio Grande do Norte.
Via: TRIBUNA DO NORTE
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