Por Adriana Nascimento do Riachuelo em Ação
É a coisa mais natural e acontece em qualquer lugar
quando entra um novo prefeito: a exoneração de todos os comissionados, conforme
preconiza a lei, para uma posterior nomeação de novos ocupantes de cargos de
confiança, por parte do Chefe do Executivo.
A euforia da vitória é grande, mesmo entre aliados
demitidos. Justificam suas demissões assim: “É transição de governo da mesma
bandeira, apenas burocracia, depois a gente volta!” E continua as comemorações
pela festa da “vitória”, que a essa altura já vai ganhando aspas.
Comissionado é um servidor público que entra para a
administração sem concurso, por isso não possui estabilidade e seu contrato de
trabalho é por tempo limitado, normalmente vinculado a quem o indicou,
portanto, quando o mandato chega ao fim... Este também é o momento da saída do
servidor comissionado.
Legalmente, esse tipo de servidor só poderia ser
nomeado em casos específicos e somente para cargos de direção, chefia ou
assessoramento, e somente em atividades nas quais a prefeitura não tenha
servidores efetivos atuando, mas o que normalmente se vê passa longe
disso.
Em algumas cidades do potengi a realidade não é
diferente. Com a saída dos Ex-prefeitos, muitos funcionários foram
demitidos, em virtude da obrigatoriedade constitucional e agora, esperam
(ansiosamente) por uma convocação oficial do novo Prefeito para voltarem às
suas atividades profissionais (se o funcionário tiver votado, gritado,
pregado bandeiras, participado de todas as carreatas do candidato vencedo enfim
vestiu a camisa de verdade, na maioria dos casos talvez tenha chance de voltar)
.
Contudo, a demora dos novos prefeitos em nomear
esse pessoal novamente; aqueles que deixaram o quadro de servidores do
município têm gerado incertezas e questionamentos até mesmo dentro do grupo
governista. Enquanto alguns temem serem substituídos, em virtude das conveniências
políticas, outros levantam dúvidas sobre a real situação financeira encontrada
pelo novo gestor.
Este momento de indefinições também tem causado um
certo desconforto nas bases política de algumas gestões que, mesmo timidamente,
começa a apresentar os primeiros sinais de insatisfações.
Afinal, do jeito que a situação está sendo
conduzida pelos novos prefeitos, o que nota-se é que os ex-prefeitos
deixaram um belo "abacaxi financeiro" para ser descascado e
isso, com certeza, não agradaria muito aos atuais gestores que passaram
oito anos afirmando que o dinheiro público "dava cria" em suas mãos.
Pelo visto, ou os prefeitos nomeiam logo os
neo-desempregados para trabalharem ou terá que preparar-se para enfrentar a
revolta da "turma do contracheque" que, diga-se de passagem, ainda
não está preparada (psicologicamente) para deixar de usufruir dos benefícios de
ser aliado de quem está no centro do poder.
O grande problema é que, certos prefeitos
“vencedores” fizeram em torno de si um bloco muito grande de aliados e, quando
se deparam com a realidade de um orçamento municipal apertado, para tantas
despesas e poucas receitas, percebem que fatalmente, muita gente pode ficar
insatisfeita. É justamente nessa hora que a onça começa a beber água.
apesar d não ter votado em rubenice tenho direito de esperar ela acabar com essa sangria que existe nessa prefeitura.
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