O terço ganhou rigidez nas mãos frias e suadas.
Fortaleceu o pulso dos alvinegros fiéis. A fé foi correspondida nos momentos de
vida ou morte. E foi atravessando procissões sul-americanas, provações no Horto
e quebrando maldições que o Atlético-MG permaneceu na Libertadores. Chegou à
final. Perdeu o primeiro combate. Hoje, prepara-se para a última reza, que será
reproduzida em coro no Mineirão, a partir das 21h50min. Porque o Olimpia é,
talvez, a mais importante adversidade da história do Galo.
Para vencer e levar o título inédito da
Libertadores, neste jogo de volta, o clube brasileiro precisa vencer por três
gols de diferença. Repetir o placar de 2 a 0 do Defensores del Chaco levará a
tensa peleja para a prorrogação. De qualquer forma, seja qual for o roteiro
construído em campo, todas as situações de clímax que tomarão conta dos 90 (ou
mais) minutos serão de joelho no chão e dedos cruzados.
O “novo” Mineirão conhecerá a aflição do comandante
Cuca, bravo símbolo do finalista mineiro na competição. Desde 2011 no
Atlético-MG, o técnico curitibano preparou mais um time forte, competitivo e
com esquema de jogo louvável aos olhares do aficionados pelo futebol que ataca,
corre e encanta na vertical.
Foi com este mesmo time que o treinador quase
chegou ao título do Campeonato Brasileiro do ano passado. Mas aí está a
diferença do momento. Para Cuca e Atlético-MG, os incômodos “quase” beiram o
insuportável. Repetidos durante as carreiras. Manchas acusadoras de tabus,
muitas vezes injustos, outras nem tanto.
Desta vez, toda prece será bem vinda a favor do
Galo. O adversário vem armado com camisa que entorta os varais paraguaios há
décadas. Olimpia chegou ao Brasil nesta semana para tentar seu tetracampeonato
da Libertadores. No ano posterior de seu centenário e para recolocá-lo no posto
de time respeitado pela concorrência latina.
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